Aqui trata-se de tudo: contam-se histórias, fazem-se relatos, expressam-se estados de alma, constroem-se críticas, o que calhar!
terça-feira, 12 de janeiro de 2010
O almoço da velha guarda
Uma terça-feira por mês costumo ir almoçar com um grupo de idosos (todos acima dos 8O anos) que têm em comum o facto de, ou serem de Mangualde, ou terem estudado no Colégio de Mangualde (o Colégio de S. José e de Santa Maria). Fui colmatar a ausência do meu pai. É a ocasião para aqueles idosos recordarem episódios de vida, principalmente da sua juventude, histórias muitas vezes repetidas em quase todos os almoços, mas sempre com um outro aspecto de novidade. São histórias de namoros, de paixões, de aventuras e brincadeiras de rapazes de há 70 anos, dos bailes no Grémio com as meninas sentadas numa frisa de cadeiras à espera de serem convidadas, das Janeiras cantadas ao frio enregelador das noites do mês apropriado, enfim, um recordar que para mim é sempre de muita importância pois é, através do escutar destas histórias, que vou aprendendo e apreendendo muito da história de Mangualde, da minha família, como a do vinho fino que o meu avô Manoel tinha na adega da casa e que foi muitas vezes bebido, à sucapa e com a colaboração do meu tio Chico. Curiosamente consegui ainda recuperar uma grande quantidade desse vinho que engarrafei e hoje apenas sirvo em ocasiões muito especiais... uma delas foi brindar a esta época que se avizinha e que agora começa. Prefiro brindar à época do que ao ano... é que tem mais futuro e esperanças não perdidas.
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