O fogo tinha devastado quase tudo. O pinheiro quase virara carvão no sufoco daquele incêndio de pavor. Tudo, ou quase tudo, tinha ardido em seu redor.
E só, no meio daquela cor sem cor, daquele uniforme cinza que enchia a paisagem de monotonia, aquele ramo, qual flor feita de uma pincelada colorida, numa atitude erectamente ao céu dirigida, afirmava a sua presença, proclamava vida...
(DO AUTOR - NO CORAÇÃO DO ALENTEJO) |
... como uma Fénix, das cinzas renascida!
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7 comentários:
Singelamente decisivo!! Lindo! Beijinhos, lola
Aquele pedacinho de cada um que serve como faísca para um outro fogo, o fogo do recomecar...
Ana Hertz
Lindo, o Universo é prodigo generoso, mesmo na adversidade
Um grande exemplo como se pode renascer das cinzas.
Beijinhos, adorei ver e ler, pois a mim diz-me muito…
Helena Cruz Batista
Amigo Raul
Você escreve de um modo muito romântico, lírico...
Parece que a vida está sempre a fazê-lo sorrir! Que beleza!
Preciso buscar lá dentro de mim esse estado de espírito, ainda que a melancolia não nos impeça de ter momentos felizes, não acha?Mas hoje em dia nos cobram muito a tal felicidade, parece que temos obrigação de tê-la estampada na face.
Os momentos de solidão são essenciais para que haja um certo recolhimento para compreendermo-nos a nós mesmos- mas não precisam durar muito...a troca com o outro enriquece a vida.
Continue a escrever assim lindamente, é um prazer visitar o blog e apreciar fotos e textos.
Beijos
Vera
A Fenix é sempre uma promessa de esperança no amanhã...Muito delicado e bonito!
Vera Menna Barreto
Nem sempre as Fénix abundam... Cada vez, cada dia, é mais difícil renascer!
bjs
Difícil, Luísa, mas NUNCA impossível! Nos grandes fogos e cataclismos, as plantinhas rebentam sempre lá do fundo e conseguem viver: mais belas, mais frescas, mais fortes também!
Lindo post, Raul!
Um beijo
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