(DO AUTOR) |
Foi-se rasgando com o correr do tempo, com o sol que a foi queimando, com o vento que, um dia, a abanou com mais força, com o passar de alguém, com a idade...
E, também, à medida que foi passando do verde forte para este amarelo e castanho, foi perdendo a elasticidade, foi ficando mais rígida e, ao mesmo tempo, mais frágil.
De cores, foi ficando significativamente mais bonita!
Anteontem, foi um golpe e uma fractura, ontem, um rasgo maior com afastamento dos bordos e, hoje, o rasgão definitivo, a libertar a folha daquele berço do ramo que a prendia, a agarrava, deixando-a solta ao vento, e à liberdade de vida que ansiava e desejava...
3 comentários:
Muito bonito! Tanto a imagem quanto o texto!
Beijinhos,
Lola.
Quem me dera esse rasgão de liberdade!
Bis
LM
Foi um corte definitivo, sem retorno, nem regresso.
JAS
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