Se pudesse atribuir um cognome ao Papa Francisco seria o do Sorriso.
Este Papa que se tem mostrado tão terra a terra, tão próximo de nós, tão perto dos humildes, tão longe da pompa e circunstância do Vaticano, tão desprendido dos valores materiais que abundam por todo o lado e nas nossas mentes, tão terno com as crianças - Deixai vir a mim os pequeninos por é deles o Reino dos céus! -, provavelmente tão triste pela tristeza que cobre este mundo, pelas guerras, pela ganância que aniquila nações, que torna os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, pela escravidão ao trabalho que a tantos obriga, pelas lutas fratricidas e religiosas... este Papa, apesar de tudo, tem um sorriso lindo, sereno, tranquilo, apaziguador, um sorriso bom, um sorriso que encanta e aproxima, um sorriso que comove...
Mas sinto que, na intimidade do seu quarto, no silêncio do seu recolhimento, nas horas em que se dirige a Deus, nas suas orações, ele não sorri, mas chora por todos nós...
(O PAPA FRANCISCO - O PAPA DO SORRISO) |