No momento em que o sonho estava a acontecer, quando estava a chegar ao momento crucial, tocou o telefone e tudo se desvaneceu...
Bem tentou enrolar o sonho ao contrário, rebobiná-lo... lembrar, passo a passo, os passos do sonho... o pássaro a voar, o cão que ladrava, as flores vermelhas no vaso junto à janela, a nuvem branca que, momentaneamente, tapou o sol, o coaxar da rã no tanque junto à cameleira, o gato enroscado sobre o muro... de tudo se lembrava mas faltava-lhe o essencial, o que, verdadeiramente, sonhava, aquilo que ligava todos aqueles flashes de imagens!
E não houve maneira de dar a volta ao sonho, por mais que o fizesse andar para trás ou para a frente, como costuma fazer quando vê um filme em casa... a verdade é que o sonho não é, propriamente, como um filme: não tem película, não tem fita, nem suporte ou, sequer, um disco...
E a este sonho, como a muitos outros, não conseguiu encontrar maneira de o enrolar ou de o desbobinar...
(DO AUTOR) |
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1 comentário:
Muito bom, mesmo!!!!!!!!!!!!!!
Ana Hertz
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