quarta-feira, 24 de junho de 2020

TEMPO INCERTO

TEMPO INCERTO
Ontem o dia esteve muito feio: chovia, trovejava, o vento cirandava, as núvens escuras desiluminavam o dia... o chapéu de chuva era o abrigo de muitos e maldizia-se deste tempo chato... com chuva demais... sem o Sol de Primavera!
Hoje o dia acordou manso, foi deixando que o Sol o iluminasse, que as nuvens escuras dessem lugar a nuvens brancas, límpidas... resplandecentes, como se tivessem sido lavadas por um qualquer detergente de anúncio televisivo... e o dia aqueceu, teve luz e calor, as cores ganharam vida e as flores abriram-se ao Sol...
Agora, que o dia está prestes a despedir-se, as nuvens escuras voltaram e começaram a chorar lágrimas grossas, como se sentissem saudade do dia que está a chegar ao fim...
É que para amanhã já prometem, outra vez, a tal chuva, as trovoadas e o vento cirandando por aí…
Texto e fotos:Raul de Amaral Marques

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