Ontem tive, como uma das minhas preocupações para o dia de hoje, - o Dia de São Martinho -, o ir comprar as castanhas assadas na rua, comer algumas ainda quentes e guardar o resto para, depois do jantar, as comer acompanhadas de um bom copo de jeropiga, ou de vinho abafado...
A verdade é que passei o dia sem ver um assador a libertar aquelas nuvens de fumo branco enrolado, sem sentir o cheiro único das castanhas assadas e também não vi ninguém com o tradicional pacote, feito de papel de jornal, na mão ou a comer castanhas...
Até parecia que o São Martinho se tinha escondido... apesar do dia lindo de quase Verão... ou seria porque as pessoas, preocupadas com a crise, com o lufa-lufa do dia a dia, dos transportes, dos horários a cumprir, se esqueceram deste santo homem que um dia virou mesmo Santo?
Mas não... já o dia tinha ficado sem sol (esta história de mudarem a hora!) e, numa esquina, quase escondida das pessoas que passavam frenéticas, lá estavam... o triciclo, o assador, o fumo branco, o cheiro das castanhas assadas... a dois euros a dúzia...
O vinho abafado, pleno de aroma e de um adeus untuoso, foi o complemento final deste dia de São Martinho...
(DO AUTOR - OURIÇOS, CASTANHAS... O SÃO MARTINHO A CHEGAR!) |
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