Estava ali no seu inquieto viver... Sempre atenta, de olho vivo, orelhas à escuta, faro desperto e coração de bater rápido... Era assim o seu dia a dia...
Saía da toca, onde deixava as crias, olhava para um lado e para outro, espreitava o céu, girava as orelhas, cheirava o ar e, se nada a alertava ou fazia desconfiar, dava dois ou três pulos, parava de novo, repetia os gestos de atenção e lá prosseguia...
O pelo pardo, a mimetizar-se com as cores do prado, tenta enganar os predadores que a procuram...
Uma cenoura selvagem, uma erva mais carnuda, um pomo caído no chão... até uma flor mais composta... roía tudo, devorava tudo o que era comestível...
Naquela tarde, em que mais nada aconteceu... voltou, tranquila, ao escuro da toca, para alimentar e aquecer as crias...
(DO AUTOR - NO PRADO, DE PELO PARDO) |
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