domingo, 3 de novembro de 2013

NO PRADO DE PELO PARDO


Estava ali no seu inquieto viver... Sempre atenta, de olho vivo, orelhas à escuta, faro desperto e coração de bater rápido... Era assim o seu dia a dia...

Saía da toca, onde deixava as crias, olhava para um lado e para outro, espreitava o céu, girava as orelhas, cheirava o ar e, se nada a alertava ou fazia desconfiar, dava dois ou três pulos, parava de novo, repetia os gestos de atenção e lá prosseguia... 

O pelo pardo, a mimetizar-se com as cores do prado, tenta enganar os predadores que a procuram...

Uma cenoura selvagem, uma erva mais carnuda, um pomo caído no chão... até uma flor mais composta... roía tudo, devorava tudo o que era comestível...

Naquela tarde, em que mais nada aconteceu... voltou, tranquila, ao escuro da toca, para alimentar  e aquecer as crias...


(DO AUTOR -  NO PRADO, DE PELO PARDO)

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