À medida que o dia ia passando as nuvens foram-se enchendo de tons escuros e começaram a tapar o Sol.
Primeiro, como um tule que foi embaciando a luz clara e quente do astro-rei... depois, à medida que se iam espessando, a luz foi-se atenuando cada vez mais, as sombras deixaram de se ver e o Sol só se adivinhava pelo halo claro que tentava, desesperado, furar aquele manto espesso.
Sentado na muralha, junto à beira de um mar plácido, foi-se apercebendo dos apelos do Sol encarcerado por aquelas nuvens densas... E foi lendo, naquela superfície lisa de um mar quase parado, as mensagens, feitas dos traços e pontos de um imaginário código Morse, escritas em reflexos luminosos, que o Sol ia deixando sobre as águas...
(DO AUTOR - O SOL ESCONDIDO A EMITIR EM CÓDIGO MORSE) |
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