Passaram as primeiras chuvas deste Outono ainda criança... A água, que tudo molhou, avivou os verdes, fez brilhar, ainda mais, os amarelos e acentuou os castanhos e os vermelhos da Serra...
A mata, revigorada pela chuva, convida a passeios longos, mas exigindo um caminhar cauteloso naquele chão escorregadio, atapetado da caruma castanha, ainda húmida, e semeado por tufos de fetos e pinhas, dispersas, bem abertas...
E o cheiro, a molhado de fresco, combina-se com os aromas da resina dos pinheiros e mistura-se com o dos castanheiros que começam a abrir os ouriços, libertando as primeiras castanhas...
E o cheiro, a molhado de fresco, combina-se com os aromas da resina dos pinheiros e mistura-se com o dos castanheiros que começam a abrir os ouriços, libertando as primeiras castanhas...
Só faltam agora os frios das noites e das madrugadas para que os cogumelos, os tortulhos e os míscaros comecem a brotar do meio daquele chão, tão macio e fofo ao caminhar...
(DO AUTOR - AS PINHAS ABERTAS) |
4 comentários:
Genial!!!!Os cinco sentidos estão bem presentes neste texto...
Henriqueta Martins
Há tanto tempo que não ouvia a palavra "míscaros". Faz falta mais um bocadinho de frio. Está um calor esquisito.
Ivone Oliveira
O Outono também tem o seu encanto.
Maria de Lourdes Silva
Lindas estas pinhas, embora já abertas e tendo libertado os seus tesouros escondidos durante bastante tempo. Mas o ciclo tem que se completar, a renovação é inevitável...
Maria Luísa Silva
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