Vinham de Caneças...
Chegavam à segunda-feira e andavam pela cidade, de trouxa à cabeça, a entregar a roupa lavada e engomada, depois de bem corada ao sol, levando de volta a roupa suja que seria tratada durante a semana...
Nessa altura, as clientes ainda se chamavam freguesas, as máquinas de lavar roupa ainda não tinham sido inventadas e as lavadeiras de Caneças eram bem-vindas à cidade... Traziam alegria, movimento, enchiam as ruas de cantigas e, com elas, vinha o cheiro da roupa bem lavada...
A Beatriz Costa eternizou estas lavadeiras no filme e na canção Aldeia da Roupa Branca:
Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes,
Ai põe-nos cor de prata.
Roupa no monte a corar
Vê lá bem tão branca e leve
Dá ideia a quem olhar
Vê lá bem que caiu neve.
Água fria da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol.
Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata.
Olha ali o enxoval
Vê lá bem de azul de esperança
Perece o monte um pombal
Vê lá bem que pombas brancas.
Água fria, da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol.
Ai rio não te queixes,
Ai o sabão não mata,
Ai até lava os peixes
Ai põe-nos cor de prata.
Um lençol de pano cru,
Vê lá bem tão lavadinho,
Dormimos nele, eu e tu,
Vê lá bem, está cor de linho.
Água fria da ribeira,
Água fria que o sol aqueceu,
Velha aldeia, traga a ideia,
Roupa branca que a gente estendeu.
Três corpetes, um avental,
Sete fronhas, um lençol,
Três camisas do enxoval
Que a freguesa deu ao rol.
http://letras.mus.br/beatriz-costa/492618/
(DO AUTOR - LAVADEIRAS DA ALDEIA DA ROUPA BRANCA) |
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