Enovelam-se no alto dos pinheiros fazendo bolas que quase parecem de algodão, lembrando as árvores de Natal do antigamente em que, à falta de neve artificial, se colocavam farrapos de algodão branco a fazer as vezes.
Nesta altura do ano, aqueles ninhos, já devem estar vazios e as lagartas, cheias de pelos altamente urticantes, também já desceram, em procissão, pela árvore abaixo, percorrendo percursos mais ou menos longos até se enterrarem no chão dos pinhais e jardins para completarem o seu ciclo de vida.
São umas lagartas horríveis, que não servem para nada, dão cabo das árvores e provocam, em quem as toca ou elas tocam, uma sensação queimadura intensa, uma alergia grave da pele, do olho ou, mesmo do sistema respiratório. Mas atraem, pela simetria das cores, pela forma como se deslocam, como um comboio, em procissão, chamando a atenção das crianças e dos mais incautos.
(DO AUTOR - NOVELO DE PROCESSIONÁRIA) |
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