Àquela hora, vazio... sem comida, sem água, sem pássaros, sem chilreios, sem vida...
Àquela hora, assim... com o dia a despedir-se, cheio dos silêncios do fim da tarde, na tranquilidade do quase anoitecer...
Mas, cada manhã, bem cedo, antes de o dia voltar a acordar, antes de a luz da aurora anunciar um novo dia, ela vai, guardando o recolhimento daquela hora da madrugada, espalhar no chão daquele abrigo as sementes de alpista, girassol, linhaça, milho e encher o bebedouro de água fresca, renovada...
E, dali a um quase nada, mesmo antes de os raios de sol inundarem o relvado de luz e de cor, aquele abrigo volta, de novo, a encher-se de pássaros, de chilreios, de vida...
(DO AUTOR - O VELHO ABRIGO AGORA VAZIO) |
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