Parece que as águas se fossilizaram ou congelaram em pedra deixando este relevo, impressionante, não longe das margens do Guadiana.
Como se, num dia de revolta e de mistério, as águas mansas do rio se tivessem transformado em ondas agitadas, quais corcéis selvagens com suas crinas ao vento, em volteios e viradas bruscas, que, no instante da rebentação, por um toque de magia, se cristalizaram e eternizaram em esculturas em pedra de basalto e a sua espuma se revestiu de um mármore eternamente branco...
(DO AUTOR - NAS MARGENS DO GUADIANA, PERTO DE MOURÃO E ANTES DO ALQUEVA) |
"Onde - ondas - mais belos cavalos
Do que estas ondas que vós sois
Onde mais bela curva do pescoço
Onde mais bela crina sacudida
Ou impetuoso arfar no mar imenso
Onde tão ébrio amor em vasta praia?"
Sophia de Mello Breyner Andresen, in Obra Poética - Musa, 1º Andamento , Ondas.
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1 comentário:
Impressionante!!!
Ana Hertz
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