Este ano, para a maioria dos portugueses, quase passa despercebido!
É que calha num domingo, sem possibilidade de se fazer uma ponte, e numa altura em que querem excluir uma data de feriados. Mas parece que este não deve ser dos que vai acabar pois comemora, num três em um, o Dia de Portugal, o Dia de Camões e o Dia das Comunidades
As festividades, habitualmente para os lados de Belém, este ano começaram de véspera, no Bairro da Mouraria, com uma homenagem ao Fado, que se cantou à janela, nos degraus das escadinhas de rua, nas tascas... com a sardinha assada a encher de aroma e de fumo as ruas estreitas do Bairro.
Mas este ano, as comemorações, para além das cerimónias da praxe, das paradas, dos discursos inflamados, dos almoços e jantares, das condecorações... têm algo de mais inédito e que, de certo modo, simboliza o dia: na Doca de Pedrouços, vai ser dada a partida de mais uma etapa, a penúltima, da Volvo Ocean Race, acontecimento que tem trazido enorme movimento e animação a esta cidade.
(do Google images) |
Não há uma única embarcação portuguesa a participar nesta "corrida de Fórmula Um" de veleiros ultra-sofisticados e preparados para, sempre no máximo das suas possibilidades, cruzarem oceanos à volta do mundo.
Fica o espírito de há quinhentos anos atrás de onde, desse mesmo local, começaram a sair as caravelas portuguesas, também para uma "regata" à volta de mundos, até então, desconhecidos.
Foi a partir dessa largada, há cinco séculos, que Portugal se foi espalhando pelo mundo, deu origem a novos países, espalhou portugueses por todos os "cantos" deste globo, permitiu aos poetas, a Camões, a Pessoa..., que cantassem os nossos feitos, celebrassem a Diáspora e que esta pátria, tão pequena de tamanho, se tornasse tão grande e tão imensa como a língua portuguesa.
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4 comentários:
A comemorar um país em decadência que, também no futebol, se deixa derrotar por uma Alemanha arrogante!
bjs
Berta
Um dia que tem pouco a comemorar, que apenas guarda, de verdade, o peso de uma História, a voz dos nossos poetas e prosadores, e uma esperança diluída que se esvai por entre os dedos das nossas mãos.
Bjs
LM
Raul
Bela analogia!
Beijos
Ana
"A minha pátria é a língua portuguesa"
Abraço
Filipe
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