(DO AUTOR - NOS MARES DO ALGARVE) |
"A tarde é de oiro rútilo: esbraseia.
O horizonte: um cacto purpurino.
E a vaga esbelta que palpita e ondeia,
Com uma frágil graça de menino,
Poisa o manto de arminho na areia
E lá vai, e lá segue o seu destino!
E o sol, nas casa brancas que incendeia,
Desenha mãos sangrentas de assassino!
Que linda tarde aberta sobre o mar!
Vai deitando do céu molhos de rosas
Que Apolo se entretém a desfolhar...
E sobre mim, em gestos palpitantes,
As tuas mãos morenas, milagrosas,
São as asas do sol, agonizantes..."
Florbela Espanca, in "Charneca em Flor"
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2 comentários:
Como eu gosto da Florbela!
Tem tanto a ver comigo!
Ou eu com ela!
Bj
LM
A Florbela é trágica!
No entanto, tem poemas fabulosos.
Bjs
Berta
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