segunda-feira, 14 de maio de 2012

PAVÕES

"Já não há caudas de pavões tôdas olhos nos jardins de outrora..."

Fernando Pessoa - in Hora Absurda


A verdade é que, cada vez, há mais, por aí!

Todos estufados, emplumados, coloridos, gritantes, chamativos, bem-falantes, extravagantes,  espampanantes, exibicionistas, vaidosos...

Passeiam-se ufanos, entufados, arrogantes, gabarolas, pedantes, superiores, altivos, amaneirados, expostos...

O cérebro pouco mais tem que o tamanho de um grão de ervilha e o peso não passa do de uma pena, mas julgam-se importantes, imprescindíveis, únicos, têm a mania que sabem mandar e são especialistas em menosprezar e escarnecer os outros...

Gostam de se olhar ao espelho... "espelho, espelho meu há alguém mais belo e mais esperto do que eu?".

(do autor)

"Pavões sem penas? Nunca vi!", costumava dizer o Professor Jorge da Silva Horta nas suas aulas de Anatomia Patológica.

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1 comentário:

Anónimo disse...

São lindos,os pavões,mas os de verdade de penas coloridas e olhar penetrante!
BJ