O deputado é um eleito!
Ganha bem, tem subsídios para tudo, privilégios que mais ninguém tem, vive bem e reforma-se melhor!
O deputado é eleito, não pelo voto directo do povo, mas através de listas feitas pelos partidos! Grande parte deles não conhece os eleitores do ciclo por onde foram eleitos e não responde perante os seus eleitores, mas directamente ao directório do partido.
A maior parte deles não abre a boca, nem tem ideias próprias, mas apenas expressa as do partido que o elegeu através das listas.
Tem muitas benesses, muitos subsídios, muitos privilégios... tantos, tantos... Mas é natural, eles é que fazem as leis e, quem parte e reparte (deputado) e não tira a melhor parte... ou é tolo (honesto) ou não tem arte (inteligência)!
Até se conta a história que Deus resolveu, um dia, dar dois atributos aos habitantes de cada país: honesto, trabalhador, inteligente, persistente, político, sabedor, estudioso, sedutor... Ao português atribuiu, por engano (Deus que nunca se engana!), três qualidades: inteligente, honesto e político! Ora, os Anjos que O acompanhavam chamaram-Lhe a atenção para o descuido, que já não podia ser reparado, que punha em vantagem o português em relação aos outros. Como Deus é, também, infinitamente Justo e Sabedor emendou o engano da seguinte forma: só poderia ter dois daqueles atributos ao mesmo tempo e nunca os três juntos; assim, se o português for inteligente e honesto, não pode ser político, se for inteligente e político, não pode ser honesto, se for honesto e político, não pode ser inteligente!
A última das benesses, dos privilégios, para além de se poderem reformar ao fim de 8 anos de legislatura e terem muitas reformas acumuladas e vitalícias, foi a de eles poderem obter, super-rapidamente, as suas reformas.
Esta notícia, do Jornal "i", ilustra bem o que é o pobre deste país em que o podre e o poder se escrevem com as mesmas letras:
"O "jornal i"
escreve que afinal há portugueses de primeira e portugueses de segunda.
Numa altura em que a Caixa Geral de Aposentações está a levar mais de
um ano a despachar as reformas, há um pequeno grupo de políticos que
teve as suas reformas despachadas em menos de um mês.
Por exemplo, Jaime Gama, antigo presidente da Assembleia da República, enviou para a CGA o requerimento da sua pensão a 9 de Maio de 2011 e foi despachada a 20 de Junho do mesmo ano.
Maria do Rosário Boléo requereu a reforma a 11 de Outubro de 2010 e viu-a ser despachada a 29 do mês seguinte, Teresa Xardoné, entrou com o pedido a 14 de Agosto de 2009 e viu ser-lhe atribuída a aposentação a 18 de Novembro do mesmo ano, ou Jorge Strecht Ribeiro, que entrou com os papéis a 25 de Maio de 2011 e foi reformado a 15 de Setembro de 2011, são alguns dos exemplos, entre muitos outros, de deputados que conseguiram ver despachados os seus pedidos de reforma em menos de um mês."
Por exemplo, Jaime Gama, antigo presidente da Assembleia da República, enviou para a CGA o requerimento da sua pensão a 9 de Maio de 2011 e foi despachada a 20 de Junho do mesmo ano.
Maria do Rosário Boléo requereu a reforma a 11 de Outubro de 2010 e viu-a ser despachada a 29 do mês seguinte, Teresa Xardoné, entrou com o pedido a 14 de Agosto de 2009 e viu ser-lhe atribuída a aposentação a 18 de Novembro do mesmo ano, ou Jorge Strecht Ribeiro, que entrou com os papéis a 25 de Maio de 2011 e foi reformado a 15 de Setembro de 2011, são alguns dos exemplos, entre muitos outros, de deputados que conseguiram ver despachados os seus pedidos de reforma em menos de um mês."
Mais palavras para quê? São políticos p o r t u g u e s e s!
Nota: pus a letra, assim pequenina, apenas por VERGONHA!
(DO AUTOR - A BORDO DE UM BARCO DE PASSAGEIROS PORTUGUÊS) |
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4 comentários:
Eh, podre e poder se escrevem com as mesmas letras! Muito bom, o artigo!
Vera Menna Barreto
E assim vai Portugal...uns vão bem...outros mal...
Luís Filipe Marques Meira
Muito Bom!
Ana Perestrello
Verdade! verdadinha! Abração do Filipe e obrigado por me enviares os teus escritos.
F. Filipe
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