segunda-feira, 6 de junho de 2011

MEMÓRIA CURTA

Os portugueses fizeram a escolha que melhor entenderam.

Deram ao PSD o que tiraram ao partido socialista e fizeram com que o CDS e o PSD ficassem com mais de 50% da votação e dos lugares na Assembleia da República. A chamada maioria absoluta.

Mas o tempo não é de euforia, nem de comemoração. As vacas balofas da governação socialista, afinal, não eram mais do que uma imensa manada de vacas magras, esqueléticas, cadavéricas, moribundas, socráticas. Não dão para leite, nem para carne, nem para tracção, nem para nada. Foi esta a herança deixada pelo sócrates e pela sua (des)governação.

Infelizmente  é uma herança que não se pode recusar, não se pode mandar para trás, nem devolver à procedência. Vamos ter que ficar com ela. Vai custar-nos os olhos da cara e vamos sentir, na pele e nos ossos, o peso da AUSTERIDADE que se avizinha.

Esperemos que o novo governo comece rapidamente, que seja competente, que seja sério, que trabalhe muito, que acabe com os abusos, as fundações, os institutos, que dê o exemplo, que acabe com tudo o que é supérfluo, que imponha moralidade, que só dê um passo adiante quando tiver a certeza que o outro pé está bem assente.

Esperemos também que a oposição de esquerda, a da CDU e do BE (o bloquinho), que apenas representam 15% da votação, o que  significa que a esmagadora maioria da população não comunga nem alinha nas ideias trotskistas, leninistas e estalinistas destes partidos menores, se comporte com dignidade, não fomente greves indiscriminadas, selvagens e escusadas, como têm sido as da CP e vão ser as da TAP, nem acções de rua,  nem outros movimentos que afectem o trabalho dos quem têm que trabalhar.

E é hora de trabalhar a sério, de vestir o fato-macaco, de dar calos às mãos e ao cérebro, de pagar as dívidas para, dentro de pouco tempo, podermos levantar, de novo, a cabeça e mostrar a nossa dignidade, a dignidade de um país com mais de oito séculos de história. Vai demorar tempo, mas vamos conseguir... só espero que o cadáver do sócrates não venha, depois, ganhar outras eleições e tornar a voltar tudo ao mesmo.

É que, este povo, que soube promover esta mudança tão importante, tem um enorme defeito... tem a memória curta!


2 comentários:

Anónimo disse...

Mas há uma esperança de mudança!! Isso já não é pouco...

Beijos

Anónimo disse...

Texto bastante lúcido!
Ana Hertz