quarta-feira, 29 de junho de 2011

LEVE, LEVÍSSIMA

Sentia-se mais leve, muito mais leve, como se lhe tivessem tirado de cima catedrais de aborrecimento, como se o capacete negro de uma tempestade se tivesse soltado da fivela que o amarrava à sua cabeça, como se as garras de um açor se descravassem do seu cérebro...

A angústia daquela dor, aquela cefaleia medonha, aquele martelar constante na sua cabeça, a agressão gratuita daquela companhia malévola,  parece que terminou.

Aquele comprimido milagroso, aquela pastilha amarela tinha-lhe, finalmente, dado cabo da cefaleia, da enxaqueca horrível que a atormentava há mais de um tempo danado, daquele mal que não sabia como se livrar.

Teria sido só do comprimido ou também daquele "champagne" de bolha fina, leve, levíssima, que brindara com ele naquela noite, naquele jantar, a dois, à luz das velas?



4 comentários:

Anónimo disse...

Também eu me sentiria leve, levíssima, com a promessa incluída num brinde a dois...
Bjs

Anónimo disse...

...foi assim,que eu me senti...leve,levíssima,FELIZ...!
Beijo

Anónimo disse...

Belo testo. Nada como um brinde a dois para nos fazer flutuar.

Anónimo disse...

"Mal ou "Bem", tudo passa, e às vezes, em sentido contrário..."Bem","Mal"...
Interminavelente. Assim é a vida!
E já longe se vai as bolhas de um levíssimo "champanhe"...lá...
looongeee