quinta-feira, 23 de abril de 2020

COVID-19 - ESTUDOS

OS ESTUDOS, AS DESCOBERTAS, OS TRATAMENTOS, A CURA, AS VACINAS…
TUDO SOBRE O CORONA VÍRUS E A COVID-19!

A DESMISTIFICAÇÃO e UMA REFLEXÃO

Numa altura, como esta, em que não se sabe ainda como apareceu o vírus - se foi fabricado, se veio de um morcego ou do pangolim -, em que não se conhece muito bem o seu modo de transmissão, ou que acções patogénicas precisas provoca no ser humano, em que não se tem a certeza como a doença evolui e se associa e/ou complica doenças préexistentes, ou como surge a mortalidade - se provocada pelo próprio vírus ou por complicação ou agravamento de outras patologias - é muito prematuro aceitar, como definitivos, estudos, ensaios, revisões, reflexões ou qualquer outro tipo de informações que pululam nas redes sociais…
 
A facilidade com que a informação nos chega às mãos, a perplexidade sobre o pouco que ainda sabemos sobre esta pandemia, a ansiedade e o medo que a contenção e o isolamento, a que somos e nos sentimos obrigados, nos provoca fazem criar todo este tipo de ânsia sobre tudo o que é publicado, e rapidamente espalhado, muitas vezes com títulos bombásticos e aparentemente definitivos, a propósito desta nova doença.
 
Na minha opinião acho que devemos manter um espírito sereno, mas muito crítico e muito pouco crente sobre tudo o que nos cai nas mãos ou no écran do computador ou do smartphone e que os amigos rapidamente espalham com o aviso de "muito importante", ou "não deixem de ver isto", ou "foi publicado na revista XPTO"...
 
Esta epidemia, esta doença, não é matemática... embora a epidemiologia e as estatísticas se resumam a números e a operações aritméticas... mas, mesmo assim, os conhecimentos daí resultantes não são, muitas vezes, pouco mais do que simples probabilidades... A curva ora sobe, ora desce, ora aplana, o número de infectados depende do número de testes que se fazem - o Alentejo até há muito pouco tempo não tinha infectados, apenas porque não foram feitos testes (os custos da interioridade rural) -, a mortalidade é menor ou maior consoante se contam exclusivamente os infectados ou se contabilizam as comorbilidades que aceleram o aparecimento da morte, os tratamentos com isto, com aquilo, o facto de as populações terem ou não sido vacinadas com o BCG, tudo isto precisa de TEMPO para tudo ser devidamente avaliado, assimilado e consolidado pelos cientistas, pelos médicos, pelos responsáveis…
 
Lembrar que a Pneumónica ou Gripe Espanhola, que há 100 anos matou 50 a 70 milhões de pessoas em todo o mundo, só há poucos anos foi devidamente esclarecida na sua patogenia, na sua transmissão e nas consequências imunitárias…
 
Por isso, em vez de andarmos superansiosos sobre a utilização ou não do paracetamol, da hidroxicloroquina, de antiretrovirais, de citóstáticos, de voltar a vacinar com o BCG ou outro tipo qualquer de tratamentos ou curas, façamos o possível para nos mantermos serenos, com o espírito aberto, mas crítico, com muita paz de espírito e, também, com muito bom senso!
 
Os cientistas, os profissionais de saúde, os investigadores, os responsáveis estão a tratar disso... os médicos vão, cada dia, com a experiência vivida com os seus doentes, ganhando mais conhecimentos e confiança para melhor tratarem esta e outras doenças…
 
Só mais uma coisa!
 
Mais do que tratar uma doença, a melhor coisa que há a fazer é PREVENIR o seu aparecimento!
 
Por isso, cumpram-se as regras da prevenção: isolamento (não significa prisão solitária ou degredo), afastamento social (a regra dos 2 metros é muito importante), etiqueta respiratória (ao tossir, ao espirrar...), lavagem das mãos (com tempo, com sabão, preferentemente com água quente...) o uso de máscaras, do gel alcoólico…
 
Assim, as saídas à mercearia e ao mercado, as idas à farmácia ou serviço de saúde, o passeio com o cão, ou o simples passeio ou corrida à volta do quarteirão não são passíveis de mais risco do que aquele de ficar todo o tempo em casa, fechado, trancado, cheio de medos, angústias e ansiedades…
 
Façamos deste tempo de Pandemia um tempo, também, de reflexão de como tem sido a nossa vida em sociedade, de trabalho, de stress, de tanta competição e angústia!
 
É que a VIDA SÃO, SÓ, DOIS DIAS!

Raul de Amaral Marques

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