Aquela cadeira, que ali foi posta, não o foi, apenas, para uma pessoa, nela, se sentar e, muito menos, para, simplesmente, descansar...
Quem a colocou ali foi para, ao se sentar nela, alongar o olhar para lá do horizonte, deixar-se embalar no baloiço das marés, ora a subir e ora a baixar, ver as ondas, sempre diferentes, no seu constante chegar e vê-las, de novo, a voltar, ouvir o marulhar das águas quando vêm beijar a praia, na baixa-mar, escutar o grito das gaivotas e o pilreio das andorinhas do mar...
E, também se sentou nela para, certamente, meditar, para deixar que os sonhos a levem para algum lugar, para escutar as auroras e ver o seu acordar ou, então, deixar-se ficar à espera das cores que, no final do dia, surgem silenciosas e vêm, suavemente, o céu pintar...
A verdade é que, àquela hora do dia, em que nada acontecia, a cadeira estava vazia...
A verdade é que, àquela hora do dia, em que nada acontecia, a cadeira estava vazia...
(DO AUTOR - CADEIRA SOLITÁRIA A OLHAR O MAR - ILHA DA CULATRA) |
4 comentários:
Continuação de boas férias. Não conheço essa ilha.
Ana Lacerda
Por quem esperará esta cadeira? O lugar não parece dos mais simpáticos,pois não? Mas,se lá está, é por algum motivo. Ou não?
Ivone Oliveira
A cadeira basta por si...
Luísa Ramos Carvalho
Cadeira com boa vista... Basta virá-la...
Maria João Falcão
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