Eram quase perfeitas, as simetrias conseguidas!
A água quieta servia de espelho e as plantas - que emergiam de dentro dela e se prolongavam para o céu ou mergulhavam, de novo, naquela água parada - eram os riscos daquele desenho simples que se repetia, ao invés, como uma verdadeira simetria.
Um palíndromo de riscos e rabiscos e não de letras, ou palavras!
E só,
Quando a água começar a secar,
Ou o charco voltar,
De novo,
De novo,
A se inundar,
Ou a chuva, então, salpicar
Aquela superfície brilhante e molhada,
É que a simetria desaparece
Perdendo o encanto
Que salta à vista enquanto é,
Assim,
Olhada!
(DO AUTOR - AS SIMETRIAS NUM CHARCO DA SERRA DE SÃO MAMEDE) |
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1 comentário:
Muito bonito!
Ana Perestrello
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