quarta-feira, 20 de abril de 2011

FIM DE TARDE

Escolheram o fim de semana certo. Com sol, algum calor, uma brisa suave...

Faz tempo que não iam a Viana.

Já nem se lembravam da última vez... Tinham ideia da ponte Eiffel, estreita, em ferro, do edifício Coutinho, grande, na entrada da cidade, do porto e dos estaleiros navais, do hospital, do Monte de Santa Luzia e do seu funicular, do templo lá no alto, a lembrar o Sacré Coeur  de Paris e, sobretudo, da vista, uma vista única, que concilia o mar com a terra e o vale do Lima com todo um complexo montanhoso.

Lembravam, sobretudo, a pousada, o quarto enorme e a varanda a permitir este avistar único, num fim de tarde inesquecível. 

E assim foram, acompanhados com o "Havemos de ir a Viana" do Pedro Homem de Mello


"Entre sombras misteriosas
em rompendo ao longe estrelas
trocaremos nossas rosas
para depois esquecê-las


Se o meu sangue não me engana
como engana a fantasia
havemos de ir a Viana
ó meu amor de algum dia
ó meu amor de algum dia
havemos de ir a Viana
se o meu sangue não me engana
havemos de ir a Viana



Partamos de flor ao peito
que o amor é como o vento
quem pára perde-lhe o jeito
e morre a todo o momento

Se o meu sangue não me engana


Ciganos verdes ciganos
deixai-me com esta crença
os pecados têm vinte anos
os remorsos têm oitenta"

(Musicado por Alain Oulman,  cantado por Amália Rodrigues, álbum "Com que voz".)



(DO AUTOR - Viana do Castelo - Santa Luzia - Basílica do Sagrado Coração de Jesus - 2003)

1 comentário:

Anónimo disse...

Eu QUERO ir a Viana!