terça-feira, 13 de novembro de 2012

MAR REVOLTO



O dia, cheio de rajadas de vento forte, foi agitando o mar, cavando-lhe a superfície, encrespando as ondas, empurrando as águas inquietas e turbulentas para a praia e atirando-o contra as rochas da costa alcantilada.

Um Mar Revolto que, mesmo contemplado do alto da falésia, atemoriza, impõe respeito, assusta e, ao mesmo tempo, atrai!

Um mar que ruge,
um mar que berra,
um mar que solta,
em bramidos colossais,
a força e o poder
dessa água revolta.

Um mar que canta e murmura,
mar imenso que ressoa,
um mar que é companhia
de ave que sozinha voa.

Um mar
que lembra,
no turbilhão da espuma,
a nuvem espessa no ar...

Um mar que cheira
e que enche
o areal de bons odores.
Mar de lutas, de tragédias,
de saudades e de dores...

Mar salgado, mar espesso,
mar imenso, universal.
Mar feito, também, de lágrimas
choradas em Portugal...



(DO AUTOR - MAR REVOLTO A DESPEDAÇAR-SE NA PRAIA DO MAGOITO)



.

8 comentários:

  1. Poderosa, a foto que acompanha o texto :))
    Maria Alice Catarino

    ResponderEliminar
  2. A mim mete-me medo.Mas é uma fotografia fantástica!
    Ivone Oliveira

    ResponderEliminar
  3. Amo o mar... mas tenho um grande receio de sua fúria...

    Ana Hertz

    ResponderEliminar
  4. Eu também tenho medo.

    Anna Kelly

    ResponderEliminar
  5. Ó mar salgado, quanto do teu sal/ São lágrimas de Portugal ! (FP)
    Aloysio Kelly

    ResponderEliminar
  6. Bela fotografia, belo poema! Obrigado, amigo!

    ResponderEliminar