segunda-feira, 16 de julho de 2012

ROSA TARDIA

(DO AUTOR - COVADONGA - PICOS DA EUROPA - ESPANHA)


"Como uma rosa jovem, a minha amada...
Morena, linda, esgalga, penumbrosa
Parece a flor colhida, ainda orvalhada
Justo no instante de tornar-se rosa.

Ah, porque não a deixas intocada
Poeta, tu que és pai, na misteriosa
Fragância do seu ser, feito de cada
Coisa tão frágil que perfaz a rosa...

Mas (diz-me a Voz) por que deixá-la em haste
agora que ela é rosa comovida
De ser na tua vida o que buscaste

Tão dolorosamente pela vida?
Ela é rosa, poeta... assim se chama...
Sente bem seu perfume... Ela te ama..."


Vinícius de Moraes, in Soneto da Rosa Tardia



4 comentários:

  1. Neste soneto Vinícius faz lembrar, tanto, a Florbela...
    Lindo!
    Bjs
    LM

    ResponderEliminar
  2. Lindo, romântico e cheio de poesia!
    Bj
    Berta

    ResponderEliminar
  3. Vinicius, sempre Vinicius...

    Ana Hertz

    ResponderEliminar
  4. Linda a foto, poema maravilhoso do Vinicius!
    Estou lhe devendo uma prosa poética, que prometi, só que ainda não refiz...
    Bjs,Vera

    ResponderEliminar