sábado, 13 de julho de 2013

A COBRA


Mora por ali, entre pedras soltas, heras agarradas, degraus de tijoleira e a água dos tanques, cheios de peixes, de rãs, alfaiates... 

Costuma deslizar, sorrateira, rápida, desconfiada...

Hoje, não! Ficou-se por ali, quieta, exposta, provocadora, de cabeça levantada, a afrontar o ar, o sol, quase o mundo...

Mas foi sol de pouca dura! Bastou o abrir da porta e o ruído de passos na sua direcção e ei-la, de novo, na sua condição de réptil rastejante, a deslizar, a esconder-se a voltar ao seu esconderijo...
(DO AUTOR - A COBRA A APANHAR SOL)
 

2 comentários:

Anónimo disse...

Estes bichos assustam-me! Têm direito à vida, mas prefiro que seja longe do meu caminho :))
Maria Alice Catarino

Anónimo disse...

Tenho verdadeiro horror a estes bichos.
Ivone Oliveira